quinta-feira, dezembro 29, 2005

O Aroma e o Paladar como Relação Sexual

"Era como se, por um estranho fenómeno de alquimia, não apenas o sangue de Tita mas todo o seu ser se tivesse dissolvido no Molho de Rosas, para dentro das codornizes, em cada um dos aromas do prato. Dessa maneira penetrou ela no corpo de Pedro, voluptuosa, aromática, calorosa e totalmente sensual. Era como se tivessem encontrado um novo código de comunicação em que Tita era o emissor Pedro, o receptor, e Gertrudis a felizarda em quem se sintetizava esta relação sexual através da comida".
Laura Esquivel - "Como Água Para Chocolate", um livro que aconselho vivamente.

terça-feira, dezembro 27, 2005

"Uma Temporada no Inferno"

"A violência da peçonha contorce-me os membros, torna-me disforme, atira-me por terra. Morro de sede, sufoco, não consigo gritar. É o inferno, a pena eterna! Vede como as labaredas crescem! Ardo como devia. Vá demónio!"
Arthur Rimbaud

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Michael Nyman: The Very Best

"The very best of Michael Nyman" não é uma pérola mas sim duas pérolas pois os discos são dois. Uma colectânea altamente recomendada para os amantes da música deste compositor e para os que ainda não possuem os ouvidos bem exercitados na sua música. São 21 anos de trabalho retratados em 39 músicas que muito pouca gente irá desiludir...

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Feliz Natal

Desejo a todos um feliz Natal, com muita paz, amor e prendas no sapatinho!

ps: esta foi a melhor foto de Natal que arranjei...


quarta-feira, dezembro 21, 2005

Koyaanisqatsi

Ko.yaa.nis.qatsi (da linguagem Hopi); nº1: crazy life; nº2: life in tumoil; nº3: life in desintegrating; nº4: life out of balance; nº5: a state of life that calls for another way of living.

O "argumento" proveio das profecias Hopi, as imagens de Godfrey Reggio e a música de Philip Glass. Nunca tive o prazer de ver e ouvir um filme em que o "casamento" imagem/música fosse tão perfeito. Um verdadeiro deleito para o olhos e para os ouvidos. As profecias, sem qualquer tipo de "santificação", estão mais do que actuais à vida quotidiana.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Le Mépris

CAMILLE: You like all of me? My mouth? My eyes? My nose? And my ears?
PAUL: Yes, all of you.
CAMILLE: Then you love me... totally?
PAUL: Yes. Totally... tenderly... tragically...
post dedicado com especial carinho à minha amiga SGC, pois quanto me pareceu, ela adorou este filme.

domingo, dezembro 18, 2005

A Arte

"A Arte é uma mentira que nos faz ver a verdade"
Pablo Picasso

sábado, dezembro 17, 2005

Madonna: Regresso ao Passado

Com "Confessions on a Dance Floor", Madonna regressou aos anos 70 e ao tempo do disco sound. Um álbum concebido para as pistas de dança, sem baladinhas sem alusões ao rock e sem paragens. Doze musicas como se de uma se tratasse. 56 minutos para abanar a anca ou bater o pézinho (para os mais envergonhados) sem parar.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Dogma 95: O Voto de Castidade

"I swear to submit to the following set of rules drawn up and confirmed by Dogme 95:
01: Shooting must be done on location. Props and sets must not be brought in. (If a particular prop is necessary for the story, a location must be chosen where this prop is to be found).
02: The sound must never be produced apart from the images or vice-versa. (Music must not be used unless it occurs where the scene is being shot).
03: The camera must be hand-held. Any movement or immobility attainable in the hand is permitted. (The film must not take place where the camera is standing; shooting must take place where the film takes place).
04: The film must be in colour. Special lighting is not acceptable. (If there is too litle light for exposure the scene must be cut or a simple lamp be attached to the camera).
05: Optical work and filters are forbidden.
06: The film must not contain superficial action.
07: Temporal and geographical alienation are forbidden. (That is to say that the film takes place here and now).
08: Genre movies are not acceptable.
09: The film format must be Academy 35mm.
10: The director must not be credited.
Furthermore I swear as a director to refrain from personal taste! I am no longer an artist. I swear to refrain from creating "work", as I regard the instant as more important than the whole. My supreme goal is to force the truth out of my characters and settings. I swear to do so by all the means available and at cost of any good taste and aesthetic considerations.
Thus I make my vow of chastidy.
On behalf of Dogme 95".
Este é o voto de castidade que os realizadores fazem antes de começarem a gravar um filme "Dogma". Se está a pensar em realizar um, não o esqueça. Afinal, Portugal ainda não figura na lista...

terça-feira, dezembro 13, 2005

Dogma 95: Os 10 Mandamentos

O Dogme 95 foi formado por Lars Von Trier, Thomas Vinterberg, Christian Levring e Soren Kraghjacobsen em Copenhaga na primavera de 1995. O manifesto foi escrito pelos dois primeiros. Os requisitos formais têm influência directa na substância dos filmes que possam vir a receber o certificado do Dogma 95, portanto contém exigências muito particulares que se agrupam numa espécie de 10 mandamentos. Aqui estão eles:
01: Não filmar em estúdio.
02: Não usar adereços de cena.
03: Não gravar som separado da imagem.
04: Não colocar a câmera num suporte.
05: Filmar em cor sem utilização de iluminação especial, sem filtros ou tratamento óptico.
06: Sem acção superfícial (homicídios, armas, etc).
07: Filmar no tempo presente (sem alienação geográfica ou temporal).
08: Estão proibidos os filmes de género.
09: O formato do filme é Academia 35mm (o formato clássico).
10: O realizador não pode ser creditado.
O primeiro filme a receber o "certificado de aprovação" foi "A Festa" (1998) de Thomas Vinterberg, exibido em Cannes ao lado de "Os Idiotas" (1998) de Lars Von Trier, também este possuidor do título. Estes dois filmes aparecem referenciados, respectivamente, como: "Dogme#1: Festen" e "Dogme#2: Idioterne". Soren Kraghjacobsen também (não) assinou "Dogme#3: Mifunes Sidste Sang" (1998), assim como Kristian Levring "Dogme#4: The King is Alive" (2000).

sábado, dezembro 10, 2005

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Pagan Poetry


"Pedalling throught the dark currents, I find an accurate copy, a blueprint, of the pleasure in me
Swirling black lillies totally ripe
He offers a handshake, crooked five fingers, form a pattern, yet to be matched
Swirling black lillies totally ripe
A secred code carved, in a palm of fingers, form a pattern, yet to be matched
Swirling black lillies totally ripe
Morsecoding signals, pulsate, wake me up, from hibernate
On the surface simplicity, but the darkest pit in me, is pagan poetry, pagan poetry

(c) Björk

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Einstein on the Beach


"In Paris there a number of young men who are very beautiful, very charming and very lovable. Paris is call the city of lights, but this young men who are very beautiful, very charming and very lovable prefer the darkness for their social activities. One of the most beautiful streets of Paris is call Les Champs Elysées, witch means The Elysian Fields. It is very pleasant to look at. One of the most beautiful things in Paris is a lady. It's very, very, very pleasant to look at. When a gentlemen contemplates a lady of Paris, the gentleman have to exclaim; "oh lá lá!". For the ladies of Paris are very charming, and the ladies of Paris are dedicated to the classic decoration express in the words "l'amour, toujours l'amour"! A russian man once said that the eyes of a parish lady intoxicating as a good wine and their burning kisses are capable to melting the gold of the men thefts. In Germany, in Italy, in Congo, in China and in the United States of America, there are men who say: "If you never been kissed by a lady of Paris, you never been kissed at all".
(c) Philip Glass and Robert Wilson

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Dalai Lama

"Quando morremos, nada pode ser levado connosco, com a excepção das sementes lançadas por nosso trabalho e do nosso conhecimento".
Sua Santidade Dalai-Lama

terça-feira, dezembro 06, 2005

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Philip Glass e o Minimalismo

Philip Glass é um compositor classificado como minimalista tal como Steve Reich ou Terry Rilley. A sua música baseia-se na repetição (por vezes extensa) de uma determinada parte da partitura. À parte dessa repetição encontram-se fragmentos elegantes e melódicos. Ouvir uma música de Glass é como estar a estudar uma pintura; no início parece estar estática mas, ao concentrarmo-nos nela, verificamos transformações, movimentos e metamorfoses. É claro que uma pintura não se movimenta (literalmente) mas a música de Glass estende-se, rodeia-nos, revolta-se e desenvolve-se. As suas músicas mais on the clock são bastante ritmadas e por vezes até agressivas; são como uma marcação que deseja, primeiro quebrar, e depois ultrapassar as barreiras musicais impostas.
E hoje? Segundo se consta o minimalismo está a morrer. Glass que sempre foi e continua a ser um compositor inovador (basta pensarmos na sua ópera digital apresentada em 3 dimensões), o fantasma do desaparecimento do minimalismo não parece o preocupar. Ele mesmo classifica a sua música como "música com estruturas repetitivas". Basta ouvirmos um dos seus últimos trabalhos, "Orion" para compreendermos isso. Se é diferente de "Music With Changing Parts" ou de "Einstein on the Beach", também temos de compreender que já não nos encontramos nos anos 60 ou 70 e que tudo, até mesmo a música, progride.

domingo, dezembro 04, 2005

will drive you mad...

Roxanne
You don't have to put on that red light
Walk the streets for money
You don't care if it's wrong or if it is right
Roxanne
You don't have to wear that dress tonight
Roxanne
You don't have to sell your body to the night
His eyes upon your face
His hand upon your hand
His lips caress your skin
It's more than I can stand
Roxanne
Why does my heart cry?
Roxanne
Feelings I can't fight
You're free to leave me
Just don't deceive me
And please believe me
When I say, I love you
Give you your time
To do what you're saying
And if you have to
And if he has to,
I won't blame you
En el alma se fue
Se me el fue el corazon
Ya no puedo mas vivir
Porque no te puedo convencer
Que no te vendas Roxanne
Roxanne
Why does my heart cry?
Roxanne
Feelings I can't fight
Roxanne
You don't have to put on that red light
Roxanne
You don't have to wear that dress tonight
Roxanne...

sábado, dezembro 03, 2005

Ajudem a combater o cancro da mama


Ajudem a combater o cancro da mama gratuitamente.
Ofereçam esperança a milhares de mulheres sem recursos.
Basta irem ao site http://www.thebreastcancersite.com, se inscreverem e clicar em "Fund Free Mammograms". Diariamente ou semanalmente (como preferirem), eles enviar-vos-ão para o vosso e-mail um "reminder" para visitarem o site e, quem sabe, salvar mais uma mulher desta doença.
É grátis e além destes "reminders" não vos será enviado qualquer espécie de publicidade.
Quantas mais vezes clicarem em "Fund Free Mammograms" (um clique por visita) mais mulheres podem ter acesso gratuitamente a mamografias.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Je ne vous oblie pas

Dans mes absences, parfois, sans doute
J'aurais pu m'éloigner
Comme si j'avais perdu ma route
Comme si j'avais changé

Alors j'ai quelques mots tendresse
Juste pour le dire

Je ne vous oublie pas, non, jamais
Vous êtes au creux de moi
Dans ma vie, dans tout ce que je fait

Mes premieres amours
Mes premieres rêves sont venus avec vous
C'est notre histoire à nous

Je ne vous oublie pas, non, jamais
Vous savez tant de moi
De ma vie, de tout ce que j'en fait

Alors mes bonheurs, mes déchirures se partagent avec vous
C'est notre histoire à nous
Je ne vous oublie pas

Parce que le temps peut mettre en cage
Nos rêves et nos envies
Je fais ma choix et mes voyages
Parfois j'en paye le prix
La vie me sourie ou me blesse
Quelle que soit ma vie

Je ne vous oublie pas, non, jamais
Vous êtes au creux de moi
Dans ma vie, dans tout ce que je fait

Mes premiers amours
Mes premiers rêves sont venus avec vous
C'est notre histoire à nous

Je ne vous oublie pas

Même à l'autre bout de la Terre
Je continue mon histoire avec vous

Je ne vous oublie pas, non, jamais
Vous êtes au creux de moi
De ma vie de tout ce que je fais
Mes premiers amours
Mes premiers rêves sont venu avec vous
C'est notre histoire à nous

Je ne vous oublie pas, non, jamais
Vous savez tant de moi
De ma vie, de tout ce que j'en fait

Alors mes bonheurs, mes déchirures se partagent avec vous
C'est notre histoire à nous
Je ne vous oublie pas
Je ne vous oublie pas...