"Tu me levaste, eu fui... Na treva, ousados
Amamos, vagamente surpreendidos
Pelo ardor com que estávamos unidos
Nós que andávamos sempre separados.
Espantei-me, confesso-te, dos brados
Com que enchi teus patéticos ouvidos
E achei rude o calor dos teus gemidos
Eu que sempre os julgara desolados.
Só assim arrancara a linha inútil
Da tua eterna túnica inconsútil...
E para a glória do teu ser mais franco
Quisera que te vissem como eu via
Depois, à luz da lâmpada macia
O púbis negro sobre o corpo branco."
Poema: "Soneto de Agosto" de Vinicius de Moraes
Imagem: "Les Amants" de René Magritte
5 comentários:
A união dos Seres é algo perpétuo, um agasalho do qual a dança é permanente no íntimo profundo das luzes, nem olhos são precisos;)
Gostava de ir assim também.
Vinicius...
Eterno, intemporal e sempre, sempre encantador :)
... E que maravilha!
Beijo
DarkViolet;
Concordo!
estou presa neste elevador;
:)
(Bastante original o teu nick)!
Frankie;
Concordo. Adoro Vinicius de Morais.
:)
SAM;
:)
Beijos
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