sexta-feira, junho 09, 2006

Reflexão de Philip Glass sobre a Música de As Horas (conclusão)

(para a minha cara amiga SGC)

(Sobre a música "Morning Passages")
"Quando ouvimos a música pela primeira vez, parece começar e parar. Quando a ouvimos outra vez, parece que não pára. É aquela sensação de manhã em que não sabemos se estamos acordados. A música faz o mesmo: pára e avança, continua e pára, e depois continua sem parar. É aquela sensação que muitos de nós temos de manhã."
(Sobre a música "The Poet Acts")
"No fim ouvimos a personagem de Virginia Woolf, Nicole Kidman, a falar de enfrentar a vida e de como ela tem de o fazer. Para ela, cometer suicídio não era um acontecimento trágico. Era um acto de vontade que completou a sua vida, de certo modo. É uma ideia que surge mais na literatura japonesa do que na ocidental. A ideia de cometer suicídio pode ser a realização de uma vida, pode ser a conclusão de uma vida. Não foi feito como acto de infelicidade desesperada, foi feito de um modo muito diferente. Por isso a música não tem de ecoar uma ideia convencional de "morte". É mais uma ideia existencial de escolha.
Não há dúvida de que o ponto de vista emocional é transmitido pela música. As imagens são surpreendentemente neutras. Não que não possuam um conteúdo emocional próprio, mas podem ser facilmente manipuladas, dependendo da música. Portanto a direcção da música influencia a apreensão da cena. Tudo o resto vem por acréscimo."

Philip Glass, compositor da banda sonora do filme "As Horas"

4 comentários:

Claudia disse...

:-)

Mr. Lynch disse...

Cara SGC;
Sem dúvida! O próprio Stephen Daldry disse que dispôs várias bandas sonoras no filme e este rejeitou todas. Foi então que o produtor se lembrou de Philip Glass e só este conseguiu compôr a música que este filme merecia. *

Claudia;
:-) *

Claudia disse...

:-) :P

Anónimo disse...

That's a great story. Waiting for more. Land rover recalls douglas ma hiking trails vacuum cleaner pinnacle canada cleaner repair vacuum