Acabara de dispor um novo lance quando ouviu a porta das traseiras a abrir-se.
'Fica-se dono do que se compra, e mais tarde ou mais cedo, o que se compra regressa ao dono', pensou Louis Creed.
Não se virou; limitou-se a fixar as cartas quando os passos lentos e arrastados se aproximaram. Viu a dama de espadas. Pôs-lhe a mão em cima.
Os passos pararam mesmo nas suas costas.
Silêncio.
Uma mão fria pousou no ombro de Louis. A voz de Rachel assemelhava-se a um ranger, fétido de terra.
-Querido - disse."
Excerto final de "Samitério das Mascotes" ("Pet Sematary") de Stephen King - 1982
NOTA: O título é apresentado propositamente como uma gralha, tal como no original "Cemitério das Mascotes" ou, neste caso, "Samitério das Mascotes" é o sítio onde algumas crianças do Maine vão enterrar os seus animais de estimação. Os marcos das sepulturas são toscos e a tabuleta indicativa de acesso foi escrita por essas mesmas crianças, que também pronunciam o nome à sua maneira.
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