sexta-feira, março 10, 2006

Metereológica

"Deus não me deu
um namorado
deu-me
o martírio branco
de não o ter
Vi namorados
possíveis
foram bois
foram porcos
e eu palácios
e pérolas
Não me queres
nunca me quiseste
(porquê, meu Deus?)
A vida
é o livro
e o livro
não é livre
Choro
chove
mas isto é
Verlaine
Ou:
um dia
tão bonito
e eu
não fornico"


Excerto do poema "Metereológica" da autoria de Adília Lopes

4 comentários:

Claudia disse...

foram bois foram porcos LOL Muito sinceramente, não gosto muito. Espero que ela tenha escrito coisa melhor.

Mr. Lynch disse...

eheheh Claudia. Pior cara amiga, muito pior! O medo da censura fez-me por este verso e não piores... Gosto muito de Adília Lopes.
**

Anónimo disse...

.
também gosto muito da adília.
.

Mr. Lynch disse...

Uma poetisa directa e sem papas na língua. Pode-se gostar ou detestar, mas ninguém lhe fica indiferente. Adoro o seu texto "Mental e Mentol" e o seu livro "Um Jogo Bastante Perigoso". Aqui vai um exerto... (os puritanos que me perdoem :-/ )"Eu quero foder foder, achadamente, se esta revolução não me deixa foder, até morrer, é porque não é revolução nenhuma".