terça-feira, outubro 17, 2006

Toulouse-Lautrec: O Pequeno Gigante

Henri de Toulouse-Lautrec (filho de condes) troca a vida opulenta pela pintura. Ao estudar com Fernand Cormon ele conhece o bairro de Montmartre onde encontra o seu lugar entre trabalhadores, prostitutas e artistas da "Art Nouveau". Lautrec entrega-se totalmente à vida boémia deste bairro de má fama. Frequentador assíduo do cabaret "Moulin Rouge", ele pinta inúmeros cartazes publicitários para esta sala (alguns mesmo nas paredes do edifício que foram destruídos por um desastroso fogo), com desenhos espontâneos. Em 1901 Toulouse-Lautrec despede-se de Paris consciente que a vida desregrada que levou começou a cobrar o seu preço na sua saúde. Falece em Setembro desse mesmo ano. Grande mestre do impressionismo, algumas das suas obras estão hoje em dia avaliadas em 14.5 milhões de dólares.

Imagem: Cartaz para o "Moulin Rouge" datado de 1891.

10 comentários:

Mr. Lynch disse...

Cara amiga;
Eu também adoro as litografias do Lautrec. Penso que pouca gente não viu pelo menos uma! O meu óleo favorito deste senhor é o retrato da mãe; a condessa "Adèle de Toulouse-Lautrec". As cores sombrias dão uma profundidade e sobriedade excelente. Quanto às litografias... gosto de todas sem excepção!
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Claudia disse...

O design do blog está demais. MR LYNCH em grande, logo na entrada. Muito bem. Gosto muito de Toulouse-Lautrec.

Mr. Lynch disse...

Jorge;
Já está! Assinado por um Rivoli não privatizado! :-) Obrigado pela informação e por o link. Quando se trata de cultura... estou em todas!
Abraço.

Claudia;
Obrigado pela critica. És muito simpática! Apenas não compreendi a parte do MR LYNCH em grande... :-/ Também gosto muito do Toulouse-Lautrec.
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Claudia disse...

Mr Lynch, estava a referir-me ao cabeçalho do blog. Gosto do design.

Claudia disse...

Queria acrescentar que não concordo com o anonymous. Eu sou a favor da privatização do Rivoli.

Claudia disse...

Cheguei a assinar contra a privatização e já tive tempo de me arrepender mil vezes ao assistir às deploráveis actuações dos "artistas" em questão. Privatizem-me essa coisa que os tempos não estão para culturas de elites pançudas.

Anónimo disse...

Pois é Cláudia, viva o La Feria! Já não nos basta o Sá da Bandeira?

Anónimo disse...

As obras no Rivoli foram inteiramente pagas com dinheiros públicos. Porque há-de o Estado deixar de decidir a programação e as prioridades de um espaço que pagou? Há, alias, um protocolo assinado com o Estado Central que fez depender os apoios recebidos da manutenção da gestão pública.

Com a privatização da gestão, 18 companhias de teatro e bailado ficam sem palco principal, todo o programa educativo vai para o lixo e os festivais de cinema, incluindo o Fantasporto deixam der ter espaço garantido. Esta é a principal exigência de quem defende o Rivoli: que ele continue a ser um espaço municipal, que cruze diferentes tipos de espectáculos e públicos. Incluindo estas três garantias: que continue a ser usado por estas 18 companhias, que se mantenha a parte educativa e que esteja disponível para os festivais de cinema.

Mr. Lynch disse...

Até temo deixar os meus pontos de vista em relação à cultura que tanto defendo... Quando defendi a Mª João Pires e o filme "Branca de Neve" do João César Monteiro, quase me crucificaram (não aqui,na vida real. Aqui até recebi umas criticas muito harmoniosas)...

Claudia;
Já compreendi a parte do "MR. LYNCH"... (lol) Às vezes custa mas chego lá! Obrigado.

Em relação ao Tivoli; penso que se este caír nas mãos dos privados isso fará disparar os preços dos espectáculos e a expulsão das actuais companhias que lá se encontram. Os privados não estão com os olhos no Tivoli para perder dinheiro. Penso que aí sim; a cultura estará apenas ao alcance das elites quando esta deveria abranger todas as pessoas de todas as classes. Penso também que (quando é possível e neste caso é)todos os artistas merecem um pequeno espaço para dar voz aos seus projectos. Se o projecto não tiver sucesso, ao menos poderão dizer que tentaram... É assim que vejo toda esta situação.

Claudia disse...

O teatro é para poucos e é injustificável que se gaste rios de dinheiro com esse ramo da cultura. Com a privatização, o teatro continuará nas mãos de uma elite. Não será a mesma, mas outra. Não vejo a diferença. A diferença primordial é que haverá alívio nas contas públicas e talvez esses dinheiros revertam para coisas infinitamente mais úteis.
A época das vacas gordas já passou...