sábado, junho 17, 2006

Eu Conheço Esta História!

Se eu perguntar se conhecem a história do Ser-Complementar muitos dirão que não... Porém, se mencionar a obra "O Banquete" de Platão, o caso muda radicalmente. Contudo, comigo aconteceu o inverso... Em criança foi-me contada uma história que nunca esqueci. Quem a relatou tenho a certeza que nunca ouvira falar de Platão e a pessoa em questão nem sabia ler ou escrever e nunca frequentou uma escola. A história é a seguinte:
Antigamente os seres humanos eram muito diferentes do que são agora. Possuíam um corpo redondo, duas faces, quatro braços e mãos, quatro pernas e quatro pés. Estes seres eram ágeis, ambiciosos, poderosos e muito felizes. Um dia, ao desafiarem os deuses, estes incutiram-lhe um castigo; separou-os ao meio. De seguida atirou-os ao vento como se folhas se tratassem. Estes seres disformes tornaram-se muito menos ágeis, muito menos ambiciosos, perderam o seu poderio e só conseguiam ser totalmente felizes se encontrassem o seu Ser-Complementar. Nós somos os descendentes destes seres. Só poderemos ser totalmente felizes se encontrarmos a nossa Cara-Metade ou seja, o nosso Complementar. Como o encontrar? É difícil, mas os deuses dão-nos sinais; só temos que estar atentos. A cicatriz desta mutilação ainda é visível: o nosso umbigo.
Anos mais tarde, na escola, tive que estudar a obra "O Banquete" de Platão. Como sempre gostei de filosofia (área que acabei por seguir) este estudo não me foi difícil. Após a primeira parte onde Platão relata a existência dos três sexos (a saber, para quem não leu a obra, Macho [originário do Sol], Fêmea [originária da Terra] e Andrógeno [originário da Lua e com elementos próprios dos dois primeiros]), passei à fase seguinte. Foi então que me deparei com uma história muito semelhante à que relatei anteriormente. "Eu conheço esta história", pensei. Foi então que estudei a restante teoria de Platão como nenhuma outra. É claro que leitura deste filosofo não é tão acessível como a história que me foi relatada, mas o seu teor é idêntico. Quando Platão diz que "a busca pelo outro são constantes" e "na ausência do amado, a vida entra em compasso de espera, como se ele realmente levasse consigo uma parte do amado"; não é idêntica ao Ser-Complementar da história que me foi contada?
Imagem: "Adão e Eva" de Enrico Baj

4 comentários:

Mr. Lynch disse...

Cara amiga;
Penso que toda a gente conhecia esta tese de Platão, excepto eu. Em contra-partida conhecia uma história idêntica (atrevo-me a dizer) até mais harmoniosa devido à sua simplicidade.
*

Anónimo disse...

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